Descubra a importância e o que aconteceu na COP29 em 2024

Quer ficar por dentro dos principais temas, propostas e acordos firmados na COP29? Preparamos este material com um resumo do que ocorreu de mais relevante na Conferência das Partes (COP), que enfatizou iniciativas globais para combater os impactos das mudanças climáticas sobre a saúde do planeta.

Confira, então, o que é a COP, os principais desafios enfrentados pelos países envolvidos e quais foram os seus objetivos no contexto global. Ainda, veja qual foi a postura do Brasil e de outros países relevantes e as expectativas para a COP30, que será tema de outro post aqui do blog!

A importância da COP 29

Sediada em Baku, capital do Azerbaijão, a 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) ocorreu em novembro de 2024. Foi o maior encontro global com pautas centradas em propostas para reduzir os riscos ambientais que comprometem a sustentabilidade global.

Essa é uma conferência anual, cujo objetivo é discutir os maiores impactos ambientais e propor estratégias mais favoráveis à resolução dos desafios que envolvem a situação climática. Na COP29, houve a participação de líderes de 198 países.

Representantes de todos os continentes e blocos econômicos, como a União Europeia, estiveram presentes. O foco foi no incentivo a práticas sustentáveis para solucionar os desafios enfrentados globalmente. Questões como o desmatamento, queimadas e o fim da emissão de gases do efeito estufa estiveram em pauta em quase todas as reuniões.

O Acordo de Paris

Esse foi um acordo internacional lançado na COP21, no ano de 2015. A meta era envolver, de forma equilibrada, nações ricas e pobres por meio de ações globais voltadas para a sustentabilidade ambiental. Dada a sua relevância e os resultados obtidos, o documento foi ratificado.

O mercado de carbono

Outro tema de suma importância abordado na COP 29 foi a formação de parcerias envolvendo o mercado global de crédito de carbono. Esse acordo permite aos países que não conseguiram reduzir as suas cotas de emissão desse gás a oportunidade de comprar créditos daqueles que se adequaram à legislação.

Nas conferências climáticas dos últimos anos, também foram discutidas outras alternativas para a obtenção de créditos de carbono. Os países mais industrializados — ou com excesso de veículos nas ruas — podem financiar projetos de recuperação florestal. Há, ainda, a opção de propostas centradas no desmatamento.

A participação do Brasil

No quesito responsabilidade ambiental, o Brasil está um passo à frente: já apresentou novos planos na COP29. A meta é reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 67% até 2035. Os parâmetros comparativos são os níveis de 2005.

Além disso, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) tem se empenhado na implementação de novas propostas, com vistas às perspectivas climáticas para 2025. Desmatamento, efeito estufa e aumento recente das áreas de incêndios são temáticas amplamente discutidas.

Propostas, acordos e expectativas

Uma das propostas em destaque é que os países mais ricos assumissem a liderança no fornecimento de cerca de US$ 300 bilhões, por ano, aos países em desenvolvimento. A meta teria que ser cumprida até 2035.

A base para esse acordo é a necessidade de mais suporte dos países desenvolvidos, considerados os grandes responsáveis pela emissão de poluentes. Além disso, os países menos desenvolvidos poderiam utilizar esses recursos para a implementação de ações de redução de emissão de carbono.

Nesse sentido, a decisão também convocou as nações líderes de blocos econômicos a cooperarem para que, até 2035, a meta seja cumprida. A previsão é que a cifra alcance a marca de US$ 1,3 trilhão, que pode ser oriunda de fontes públicas e privadas. Os dados são da BBC News.

As cotas dos países pobres

No encerramento da COP29, o clima ficou tenso porque os países em desenvolvimento reclamaram da proposta aprovada. Segundo eles, US$ 300 bilhões por ano, até 2035, é um valor muito pequeno quando se considera a realidade do planeta

Mesmo que seja um acordo histórico, o valor ainda não é equivalente às necessidades de “correção ambiental”. Salvo exceções, os problemas climáticos são decorrentes das falhas dos países que mais emitem gases de efeito estufa.

Na verdade, houve um avanço significativo na contribuição atual quando comparada às decisões anteriores. No entanto, os líderes dos países em desenvolvimento não ficaram satisfeitos com o valor final, mesmo após pressionarem por mudanças.

Divergência de opiniões

Do outro lado, também há discordância. Sob a ótica de responsabilidade social, a crítica e insatisfação com o pacote não desagradou apenas os países subdesenvolvidos. Pela perspectiva do mundo mais rico, são os países emergentes que mais aumentaram a emissão de gases de efeito estufa nas últimas décadas.

Assim, a manutenção de um planeta mais seguro e sustentável depende de ações em conjunto. A contrapartida é que as nações mais ricas colaborem mais, a fim de que as economias emergentes consigam baixar suas emissões.

Confira o fragmento extraído da BBC News, que destaca a argumentação de líderes de países subdesenvolvidos:

Este documento é pouco mais do que uma ilusão de ótica. Isso, em nossa opinião, não resolverá a enormidade do desafio que todos enfrentamos.

No final das contas, o mundo em desenvolvimento foi obrigado a aceitá-lo, com muitos países ricos apontando para a chegada do presidente dos EUA Donald Trump, um conhecido cético climático.

Portanto, há muito trabalho a ser feito. Isso reforça a relevância da COP29. É importante que as discussões sejam fortalecidas e bons resultados apresentados. Uma COP29 exitosa ampliará a importância da COP30, que será realizada no Brasil.

Planos e projeções futuras

Após a COP 29, os países participantes continuaram a debater propostas internas. Com isso, novos planos nacionais devem ser implementados ainda no primeiro semestre de 2025. A ideia é definir como cada nação vai gerenciar — e adequar — as suas cotas de emissão de gases nos próximos 10 anos.

Portanto, considerando o momento de incerteza geopolítica atual, é preciso uma análise mais contextualizada do problema ambiental. Muitos líderes de países economicamente fortes, que participaram da COP 29, defendem a ideia de manter a união global, ao menos na questão climática.

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